quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sobre o que eu não sei...


De uma forma voluntária, sempre quis estar ali, poder ajudar quem precisa, seja quem for, o importante pra mim foi sempre fazer o bem, amenizar, tentar fazer com que tudo esteja ainda que 'aparentemente' bem.
É um jeito meu, tá no sangue, no jeito, na personalidade.... sempre quiz fazer com que as pessoas parecessem, com que elas estivessem bem, com que todas as histórias tivessem sempre um final feliz, feliz ao meu ponto de vista e em vista de outros 'normais'....
Durante muito de fato muitissímo tempo, passei a vida querendo poder resolver todos os meus problemas sozinha e o de todo mundo junto. Generosidade? Arrogância? tanto faz. O nome que se dê, não altera em nada o cotidiano desta história. Eu já aprendi muito na vida, principalmente que na balança da vida, dois pesos e duas medidas podem se misturar, tudo pode ser relativo e nunca vai existir apenas uma verdade diante de vários pontos fixos.
Não tenho intensão de relembrar destas, pra dizer que me arrependo. Não eu não me arrependo. Pq eu aprendi, aprendi por tudo por cada detalhe por cada 'quebrada' de cara, por cada decepção, por cada mal entendido, aprendi como as coisas devem e não devem ser onde podem e não podem ser, talvez se um dia todo esse meu gigante coração não fosse tão 'pronto' pra agir, pra querer ajudar tanto quanto já ajudei e também já atrapalhei querendo ajudar, eu nunca teria aprendido tudo que já aprendi... nem me tornado o que sou hoje, alguém verdadeiramente muto feliz consigo mesmo! Me encho de orgulho quando penso em mim, não.. não é merchan, nem convencimento.. é poder saber que eu venci, eu amadureci... e hoje me tornei uma mulher, uma nova e GRANDE mulher!
E hoje o que eu sei de tudo isso, é que eu não sei de nada, ou quase nada.
Sei que a vida se torna mais leve a fácil quando nos tornamos frágeis, humanos...dispostos a aceitar nossos erros e falhas. Aceitar, essa seria a palavra chave, talvez se nós aceiteitássemos mais as pessoas como elas são, não haveria tantos motivos para se preocupar. Aceitar a limitação do outro e a nossa própria limitação tem tudo a ver, aceitar que as coisas não devem ser como nós esperamos que sejem, acreditar que as pessoas podem não ser aquilo que elas mesma acreditam que são, e que você não precisar partilhar deste mesmo engano, expectativa e frustação....
É uma reflexão muito difícil de se fazer.... mas muito fácil na prática quando pensamos que nem tudo é de fato o que realmente parece ser....
Sâmella A. ;)